26 de abril de 2012

INSTRUMENTO DIVINO




O violino é instrumento delicado, rico de melodias aguardando execução.
Deixado à umidade, perde a ressonância.
Manipulado com rispidez, desafina-se.
Largado ao abandono, sofre a invasão de insetos que o destroem.
Utilizado com brutalidade, arrebenta-se.
Esquecido em temperaturas elevadas, estala e rompe a caixa acústica.
Em mãos inábeis, perde a finalidade e o valor.
Em museu, é peça morta.
Atirado ao lixo, torna-se inutilidade.
No entanto, cuidado, recebendo afinação, conduzido com carinho, reflete as melodias divinas ao contato com o arco que lhas arranca, vibrando harmonias incomparáveis que lhe saem das cordas distendidas e equilibradas.
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O médium, de certa forma, pode ser comparado ao violino.
Afinado com os dons da vida e colocado em mãos treinadas, acostumadas às músicas divinas, traz, à Terra, as gloriosas mensagens da Imortalidade.
Posto em comunhão com o bem, esparze harmonias que facultam paz e estimulam ao amor.
Estando em ação correta, participa da orquestração da Vida, expressando a glória da Criação em concertos de indefiníveis estesias.
Sob a ardência das paixões primitivas, porém, arrebenta os centros de comunicação e perverte a finalidade a que se destina.
Cultivando os instintos primários e dando-lhes expressão, tomba nos depósitos de lixo das obsessões penosas.
Absorvendo a queixa e o pessimismo, perde a afinidade com os instrumentistas superiores.
Relegando-se ao marasmo, desconecta os centros de registro elevado.
Utilizado para o mercantilismo e as frivolidades, gasta-se nos prejuízos destruidores.
Compulsado por Entidades perversas, morrem-lhe os ideais de enobrecimento, e embrustece-se, caindo depois na alucinação auto-aniquiladora.
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O violino e o médium têm muita semelhança.
São, em si mesmos, neutros, dependendo de como se deixam utilizar.
O violino, porque não possui razão nem inteligência, depende totalmente do seu possuidor, quanto o médium resulta da conduta moral que imprimir à sua faculdade.
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Deixa-te tanger pelas mãos dos artistas espirituais de elevado porte, a fim de que possas transmitir as melodias da Vida Maior para felicitar as criaturas.
Em qualquer situação, permanece cauteloso, zelando pelos teus equipamentos, de modo a responder em harmonia a todas as emissões dos artistas divinos, como instrumento sintonizado com a sublime orquestra do amor de Nosso Pai.

(Fonte: “Alegria de Viver”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)




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