E ser verdadeiro consigo mesmo é a tônica desses novos tempos. Ego e máscaras só servem para nos distarciarmos do nosso verdadeiro eu, do ser integral que somos, assim como para nos dissociar de nossos ritmos internos, nossos "timings" essenciais, nossos ciclos tão sagrados ao nosso crescimento.
Muitos desafios têm surgido, e não estão sendo simples de administrá-los. E se é duro ter que viver ainda no mundo da dualidade, imaginem quando se rompem as ilusões de uma realidade que pensamos ser una e íntegra, mas que na realidade era dual? Sim, porquê neste afã de evoluírmos e encontrarmos um lugar de paz e aceitação, também projetamos muito! Muitas vezes elegemos alguém como nosso "mestre", confiamos, endeusamos, para depois constatar que esse suposto mestre era alguém que podia estar um pouco a frente de nós, mas ainda com um caminho longo a percorrer e que a nossa decepção e desilusão é tão somente nossa responsabilidade.
E esse é o outro lado da mesma moeda... A projeção de nossas ilusões de perfeição e luz nos outros. Aprendi que o nosso maior mestre reside dentro de nós, a pequena voz da sabedoria que podemos escutar no mais profundo de nossos corações, a voz de nosso Eu Superior, que nunca se distancia de nós, a Presença que pode ser esquecida, mas a qualquer minuto contactada. Aprendi que jamais devemos ceder nosso poder pessoal a quem quer que seja, pois o despertar da consciência não é algo que alguém, por mais evoluído que seja, possa fazer por nós. Não há "shortcuts" no Caminho.
Este é longo e árduo, mas pode ser abreviado pelo poder de nossa própria vontade e determinação. Os verdadeiros mestres são como amigos mais velhos, nos dão dicas valiosas, nos ensinam algumas práticas para alcançarmos estados mais plenos de consciência, mas o sucesso da empreitada depende somente de nós. Não há caminho mágico e instantâneo, mas momentos mágicos podem ocorrer nessa caminhada e são frutos de nossa intenção constante de darmos um passo adiante em nossa evolução de consciência.
E quando escolhemos o caminho da unidade, o caminho da dualidade fica insuportável, difícil e sofrível. Constatar que ainda possamos ser alvo de antipatia e incompreensão, quando dentro de nós a intenção de uma união interna, compreensão e aceitação verdadeira do outro está presente nos magoa sim, ainda que tenhamos plena consciência da inconsciência do outro. Também é coerente que estejamos em um estado de perdão incondicional nesses casos.
Mas ainda assim, perdoando e deixando passar, conviver com situações e pessoas que nos diminuem, ao invés de nos acrescentar algo, não é legal. Aprendi que romper com essas vivências e relacionamentos é o melhor remédio para poder continuar firme e de cabeça erguida em nosso caminho, alinhados como a nossa verdade. Em 2008 antigos relacionamentos se foram, os verdadeiros ficaram e alguns outros verdadeiros se firmaram. Mas sinto que esse processo ainda continua.
Sermos nós mesmos e termos total responsabildade por quem somos e o que criamos não é tarefa fácil não. Mas a cada passo assertivo nos sentimos mais confiantes. Mas aprendi que ser assertivo não é sempre ser bonzinho e perfeito e aceitar tudo o que despejam em nós... Saber dizer não é muitas vezes é o caminho mais efetivo.
Namasté!
Daniele Alvim é Escritora, Terapeuta e Professora de Aura-Soma
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Muito lindo! gratíssima por esta postagem. Abraços!
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